Saiba quanto custa um funcionário para sua empresa. Veja todos os fatores a considerar e como calcular corretamente para evitar prejuízos financeiros.
Os custos de um funcionário são uma preocupação constante para os empreendedores. Com tantas contas a pagar, é essencial manter essa despesa bem alinhada para evitar prejuízos.
Contratar ou manter um colaborador envolve diversos fatores, como reposição de vagas, novas funções para crescimento da empresa, entre outros.
Cada contratação deve ser estrategicamente planejada, considerando o investimento e todas as etapas pelas quais o colaborador passará dentro da empresa. O custo vai além do salário, e todos os valores precisam ser cuidadosamente calculados para não comprometer a saúde financeira do negócio.
Neste artigo, vamos detalhar as informações que você precisa saber para calcular corretamente os custos de um funcionário e evitar problemas financeiros na gestão da sua empresa.
Como saber o custo de um colaborador?
Para entender o custo de um colaborador, é necessário lembrar que o valor do salário é apenas uma parte dos gastos. No Brasil, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) regula as relações de trabalho e impõe várias obrigações e tributações associadas à contratação.
O regime tributário da empresa também influencia significativamente esses custos. Dependendo do enquadramento fiscal – Simples Nacional (Exceto Anexo IV), Simples Nacional (Anexo IV), Lucro Presumido ou Lucro Real – os encargos trabalhistas podem variar.
Enquadramentos diferentes
Os regimes tributários definem diferentes categorias de custos:
Custos Diretos: Salário, comissões e benefícios pagos diretamente ao funcionário.
Custos com o Governo: Valores exigidos por lei e recolhidos como encargos trabalhistas.
Custos com Benefícios: Acordados com sindicatos e variáveis de acordo com a categoria dos funcionários.
Como calcular o custo de um colaborador?
Vamos exemplificar com um funcionário que tem um salário de R$1.000,00. O cálculo varia conforme o regime tributário da empresa.
Empresas no Simples Nacional (Exceto Anexo IV)
Os encargos sobre um salário de R$1.000,00 são:
FGTS: R$80,00 (8%)
Férias: R$1.000,00
⅓ das Férias: R$333,33
13º Salário: R$1.000,00
FGTS Anual: R$186,67 (8%)
Vale-refeição: R$220,00 (R$10,00 por dia)
Vale-transporte: R$176,00 (R$8,00 por dia)
Provisão Mensal: R$210,00 (dividido em 12 meses)
Total bruto: R$1.686,00
Considerando as contribuições do colaborador (INSS: 8% e Vale-transporte: 6%):
INSS: R$80,00
Vale-transporte: R$60,00
Total com descontos: R$1.546,00
Assim, um funcionário com salário de R$1.000,00 custa, na verdade, R$1.546,00 para a empresa, representando um custo adicional de 54%.
Empresas no Simples Nacional (Anexo IV)
Neste regime, o INSS é de 20%, mais o Seguro Acidente do Trabalho (SAT) entre 1% e 3%. Considerando um SAT de 2%, o custo total seria R$1.762,00, representando um custo adicional de 76,2%.
Empresas com Lucro Presumido ou Lucro Real
Seguem as mesmas regras do Simples Nacional (Anexo IV), mas com a adição da alíquota de terceiros que financia serviços sociais como SENAI, SESI e SESC. Esse valor varia conforme o tipo de empresa.
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A importância do planejamento
Dado esses gastos, é essencial realizar um planejamento financeiro que inclua todos os custos associados aos funcionários. Isso permite avaliar o custo real de cada colaborador e verificar o retorno sobre o investimento. Planejamento estratégico ajuda a tomar decisões sobre novas contratações ou cortes, sempre alinhadas aos objetivos da empresa.
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